terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ai credo!!!





Ontem tive uma experiência, digamos assim, desagradável!
Precisei ir à casa de minha filha, dar remedinho e comidinha para o nosso cão, o Biriba.
Ela mora em um lindo lugar, rodeada pela natureza,  muito verde, aguas e pássaros.
Tem até um bando de saguis, aqueles macaquinhos que ficam correndo pelas árvores e comem nas nossas mãos.
Eles são lindinhos, divertidos. Outro dia fotografei um sagui com o filhotinho grudado nas costas. Era tão pequenino que mal dava para ver, uma carinha assustada, olhando tudo!
Minha filha está com as fotos no computador dela, portanto, não posso mostrar. Preciso providenciar isso...

Bom, voltando ao meu compromisso de ontem, lavei as vasilhas do Biriba, que está muito velho e doente, dei os remédios, coloquei sua refeição bem pertinho de sua cama, e ia me retirando após fechar a porta da casa.
Mas...havia um tapete na porta da sala, todo amarfanhado num canto, artes do Biriba que fica se enroscando em qualquer pano.
Abaixei-me e peguei o tapete para sacudir a poeira e colocar de volta em seu lugar.
Ai meu Deus, o que vejo?  uma cobra enrolada!  com a cabeça em pé, olhando para mim, ai meu Deus que susto é esse?

Pessoal, minha adrenalina foi lá para o espaço! imaginem uma mulher paralisada olhando para a enroladinha, e ela olhando para mim, sempre...
Preta, uns 60 centímetros (filhote) com um filete amarelo nas costas (e cobra lá tem costas?).
Ela tinha um filete amarelo, comprido, pronto...

Para não perde-la de vista eu pedi à filha (por celular) que acionasse um segurança do condominio para que viesse me ajudar. Não tirei os olhos dela um minuto sequer, com medo de que fosse embora.

Ele veio, todo paramentado (vai que fosse uma sucuri) e com um ganchinho especial a colocou em uma caixa de madeira. Disse-me que é um filhote de cascavel...ai fico arrepiada só de lembrar!

E eu perguntei, se é filhote onde está a mãe, os irmãos?
Ele não soube explicar, disse-me que já era noite, melhor fazer uma varredura no dia seguinte.

Meu genro ficou encarregado de providenciar a tal varredura.
Foi uma aventura, nessa minha vidinha sem muitas emoções, ontem tive um susto daqueles, nem precisava tanto!

Mas não fiquem preocupados, sobrevivi....




quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

prefiro assada, crocante!






Hoje resolvemos levar as crianças para uma lanchonete muito querida por eles, chamada Leão, que fica na cidade ao lado, Vinhedo.
Há tempos que pediam esse passeio, e sabemos bem porque. Tem lá no fundo, na mesma cobertura para as mesas, um parque com diversos brinquedos, que faz a alegria das crianças.
Dos adultos então, nem se fala! pode-se bebericar um chopinho, comer uma porção, e ficar de olho nas pestinhas.
Muitas mães, pais, e avós aproveitam a noite para um papo, o clima agradável, quente, mas não muito.
Em certo momento entra uma jovem mãe, corpão de destaque de escola de samba, enfiada em um "micro" vestido, agarradíssimo e curto, de tecido parecido com malha.
Foi uma sensação. Os homens olham mesmo, disfarçadamente, e as mulheres amarram a cara, enciumadas.
Já por diversas vezes pude observar esse tipo de roupa, aliás bem na moda, principalmente nesse verão tremendo que estamos vivendo.
Mas as mulheres com corpão (e eu digo "ão" mesmo) ficam muito expostas com esse tipo de roupa.
Algumas passam o tempo todo puxando a saia, esticando um tecido que vem mas volta, causando um mal estar, uma total falta de confôrto.
Outras são mesmo despreocupadas, sentam-se de pernas cruzadas, mostrando as calcinhas para quem quiser ver.

Comentamos, filha e eu, que esse tipo de roupa é encantador nas adolescentes, nas jovenzinhas magras e com tudo no lugar, que podem se dar ao luxo de mostrar tudo sem medo de se feliz...

Penso que as mulheres perderam a noção de elegância, acham-se gostosonas, quando na realidade são apenas ridiculas.
Não vou dizer nada aqui sobre passado, como era, como foi,  porque esse discurso já está muito batido, cansativo.
Digo apenas que fico triste ao observar que muitas mulheres pensam que é bonito andar feito linguiça que está perdendo o recheio. Não é assim? pensa numa linguiça que tem a tripa rasgada e está deixando sair o recheio pelas brechas.
É isso,  linguiça estourada... que feio!!!


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

e quem não tem?





Sou uma romântica incurável, patológica, e adoro ser.
Hoje recebi dois recadinhos deliciosos, falando de Valentine's day. Um de minha amiga blogueira Tina, baiana arretada, doce e terna Tina. Podem ler o recadinho dela nos comentários de minha penultima postagem, que fala de solidão.
O outro foi por e.mail, de um amigo, que enviou em anexo (PPS) a música La Mer , tocada por Ray Conniff.
Alguém conhece?
Senti uma onda de nostalgia, um misto de sentimentos estranhos, um não sei quê gostoso, não consigo explicar.

Tem gente embarcando no dia dos namorados lá do hemisfério norte e trazendo para cá algumas idéias, deliciosas aliás, de como comemorar.
Não tenho com quem comemorar, por isso o título da postagem rsrsrs

Mas o que senti hoje, que me perdoe meu saudoso, querido marido, não foi da época de meu namoro com ele.
Foi antes, foi do primeiro namorado, daquele amor que te pega na curva e te deixa boba, literalmente...

O Luiz sempre soube desse namoro antes dele, inclusive estudávamos no mesmo colégio, mas não gostava que eu falasse sobre isso.
Ele sabia que tinha sido muito importante, marcante, afinal, primeiro amor a gente curte muito (contanto que voce não se case com ele rsrsrsr).

Verdade! se voce se casar com seu primeiro namorado, como saberá o que é uma dor de cotovelo? um pouco caso? um ciume doentio da garota mais bonita da fanfarra?
Como saberá o que é ficar esperando ser "tirada" para dançar, e só ficar tonta de alegria quando ele chegava, sorrindo, cantando junto La mer???

Toda mulher precisa conhecer essas emoções fortes, essas dores de amor, e depois levar um fora...
Assim, saberá como se comportar com o segundo (esse sim vira marido) e não dar tanta bandeira, e ser mais altiva, mais senhora de si, segura!

E uma mulher segura conquista muito mais do que uma debiloide apaixonada...

Enfim, espero que o Luiz entenda que precisava contar isso para voces e não fique enciumado onde quer que esteja.
Afinal, não foi nada demais, mas foi inesquecível e serviu de trampolim para sermos felizes a vida inteira, eu e ele.

Beijos para voces, bom Valentine's day.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Uma absoluta solidão







Quem o vê ali, frente ao mar, olhando com prazer o vai-e-vem das ondas, deixando-se levar pela placidez do horário, nem repara na pele queimada, nos cabelos secos de sol.

Vez ou outra suspira longamente, e sente o ar fresco e úmido entrando por suas narinas, renovando-lhe as energias.

Não é mais jovem, mas também não é ainda um velho, muito velho. É um homem forte, que faz longas caminhadas pela praia, que prefere as manhãs para andar e as tardes para apreciar seu mar.

Eu sei sua historia, e poderia explora-la, colocar aqui um melodrama. Mas não, é uma historia comum, mas com um recado de força, de determinação. Muitos homens tiveram suas vidas mudadas, algumas radicalmente. Porém poucos, como ele, tiveram a dignidade de sair de cena, fechar a cortina.

Casado, filhos cursando faculdade, trabalhando, namorando.  A vida, tanto profissional, como familiar, diante de uma encruzilhada.

Não, os filhos não preocupavam mais. A mulher tornara-se uma inimiga. Infeliz, amarga,  e completamente desmotivada. Com os filhos alçando voo ela sentia-se inutil, a o agredia por ter perdido anos e anos cuidando deles. Anos perdidos dizia ela no auge da revolta.

Não houve diálogos, não eram possíveis. Apenas agressoes verbais e cobranças.  Muitas noites insones ao lado daquela mulher que um dia ele amara tanto...

Tornou-se impossivel a convivência, insuportável voltar para casa, deplorável olhar para o rosto endurecido que já fora tão bonito. Ela já não o amava, nem permitia que ele a amasse.

Não viveria mais esse martirio, não ele, e nem a magoaria mais com sua presença.

Foi simples. Aposentadoria resolvida, imóveis transferidos para ela. Caberia àquela mulher destruida,  uma boa renda de aluguel.

Ele ficou apenas com a pequena e simples casinha na praia. A renda que recebia por todos os anos de trabalho eram suficientes para que vivesse honradamente, com simplicidade e paz.

E ali está ele...olhando para o mar em sua tarde morna, o rosto moreno, o coração em harmonia.

O retrato de um homem na sua mais absoluta solidão, mas sereno ... e quem sabe feliz?!?